ENTIDADES ASSINAM MANIFESTO E REFORMA POLÍTICA AVANÇA

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Na sede da CNBB, em Brasília, UBES assina documento e vai agora coletar assinaturas
Mudar a política para mudar o Brasil. Essa é mensagem que unifica a partir de agora mais de 100 entidades e organizações da sociedade civil brasileira, como a UBES, UNE, MST, OAB, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Unidas em torno da “Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas”, as entidades assinaram na tarde da terça-feira (3/9), em Brasília, na sede da CNBB, um manifesto com o objetivo de alcançar 1,5 milhão de assinaturas e colocar em votação no Congresso o projeto de iniciativa popular da reforma política.
Muitas das entidades presentes ao ato político já estiveram juntas em outros períodos importantes que mudaram a história do Brasil, como na resistência contra a ditadura militar e na redemocratização brasileira. Agora, elas se reúnem novamente para analisar a atual conjuntura político-social do país, especialmente, após o ciclo de lutas aberto pelas manifestações de junho.
A CNBB, entidade que ao lado dos estudantes combateu a ditadura militar, acredita que com a unidade de todas as entidades, a coleta de assinaturas não será problema. “Precisamos explicar para a população os pontos de nossa proposta. Se soubermos passar bem o objetivo dessa grande campanha para a população brasileira , já que há uma indignação com a forma como vivemos a política em nosso país, conseguiremos mais que 1,5 milhão de assinaturas”, confia dom Joaquim Mol Guimarães, da Comissão da CNBB que acompanha a reforma política. “Não estamos fazendo uma reforma contra os políticos, mas à favor da política deste país”, completou.
Para a presidenta da UNE, Vic Barros, desde a campanha das “Diretas já”, nunca houve um momento tão favorável para o Brasil convergir as forças dos movimentos sociais e debater mudanças em seu sistema político.
“Se naquela época o que estava em jogo era a retomada de eleições diretas, hoje o fundamental é afastar destas mesmas eleições a influência do poder econômico e fazer com que os mandatos eletivos se voltem exclusivamente para os interesses populares e não para as vontades de uma elite minoritária”, destacou a estudante.
Para o presidente da OAB, Marcus Vinicius, enquanto o projeto do Ficha Limpa, que proibiu candidatos com dívidas na justiça de assumirem cargos público, atacou as consequências, o Eleições Limpas cuidará das causas que prejudicam o sistema político no Brasil.
“Queremos uma reforma que melhore a atividade política em nosso país e o nosso sistema político. Essa é uma reforma que vem ao encontro da democracia, que reafirma os valores democráticos”, defendeu o representante da OAB, entidade que tem prestado importante serviço protegendo os manifestantes dos abusos policiais nos recentes protestos.

A REFORMA POLÍTICA QUE OS ESTUDANTES QUEREM

Financiamento democrático das campanhas – A corrupção tem suas raízes nas relações pouco claras que são estabelecidas nas eleições. 98% do dinheiro das campanhas vem de empresas, sua maioria empreiteiras. Ao financiar os políticos as empresas impõem seus interesses privados, gerando poderosos lobbies e bancadas corporativistas nos parlamentos brasileiros. Além disso, embora todos sejam livres para ser candidatos, o peso do dinheiro nas campanhas faz com que muitos não possam se apresentar aos eleitores, enquanto outros se apoiam em robustas campanhas de marketing com pouco foco na discussões mais importantes do nosso País.
Participação popular – A UBES e a UNE defendem uma reforma que amplie os espaços e canais de democracia direta e participativa, como conferências, conselhos consultivos e deliberativos, da sociedade civil, fóruns, seminários, plebiscitos, referendos, projetos de lei populares, mais mecanismos de transparência, e acompanhamento das atividades políticas do Brasil. É importante ainda garantir mais participação da mulher, maioria da sociedade, e minoria absoluta em prefeituras, governos estaduais e de Congresso Nacional.
Combate à corrupção – Para enfrentar a corrupção é necessária uma reforma que privilegie projetos, ideias, e não interesses individuais. O projeto que a as entidades estudantis defendem limita o personalismo, levando as pessoas a escolherem programas e ideologias, ao invés de permitir que alguns poucos tenham poder e influência para tirar proveito próprio. É necessário um sistema que não apenas condene as práticas de corrupção, mas que previna e impeça que políticos corruptos cheguem ao poder.
De Brasília, Rafael Minoro
Do site da UNE

1 comentário

BLOG MEDCLASS em 31 de agosto de 2015 às 09:07

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