Debate MTV questiona se o ENEM agiliza a vida do estudante


Os participantes falaram sobre vários assuntos que envolvem educação, entre eles, o “novo ENEM”

Na última terça-feira, 24, o programa Debate MTV, comandado pelo músico Lobão, que traz toda semana assuntos atuais polêmicos para serem debatidos, abordou no segmento educação um dos assuntos mais importantes da atualidade: O ENEM agiliza a vida do estudante?
Para falar sobre o assunto estiveram presentes à mesa o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Yann Evanovick; o reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e ex-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), Alan Barbiero; o coordenador pedagógico do cursinho Oficina do Estudante na cidade de Campinas, Célio Tassinafo; A estudante de ciências sociais da Universidade de Campinas (Unicamp), Camila Lisboa; o estudante de jornalismo Pedro de Figueiredo e Glória Togo, formada em direito e estudante de letras na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A discussão acerca do ENEM misturou todos os ingredientes que uma mesa de debates proporciona. Na ocasião, diversos pontos sobre o tema foram discutidos. Entre eles, as questões de mobilidade que o sistema permite ao aluno, a democratização do acesso à universidade e o papel do ensino médio na vida acadêmica dos jovens.
Yann Evanovick defende o ENEM como uma ferramenta que agiliza a vida do aluno no ingresso à universidade. Segundo ele, o sistema além de dar mobilidade geográfica ao jovem, ou seja, um aluno poder pleitear uma vaga em qualquer universidade do país cria uma perspectiva no sistema nacional de educação. “É muito importante nós termos um sistema de avaliação que é sucesso em vários países, como um sistema unificado, que avalie e crie perspectivas de intervir do ponto em que vem o problema”, explicou.
Após um vídeo que mostrava a rotina diária de duas adolescentes que faziam curso pré-vestibular, os presentes colocaram em cheque o papel do ensino médio na formação intelectual dos jovens brasileiros. “O ENEM deve ser transformado em um sistema de avaliação que possibilite uma capacidade analítica e reflexiva, tanto do estudante, quanto do professor”, analisou Alan Barbiero.
“É necessário aprofundar, ter cultura, professores bem pagos, salas de aula menos lotadas e, para isso, precisamos de mais recursos para investimentos. Infelizmente, o ensino médio foi reduzido ao aluno passar no vestibular, ou seja, ele estuda três anos somente para passar em uma prova”, afirmou Evanovick.
fonte: Uniao Paulista dos Estudantes Secundaristas- UPES

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